Trabalhadores do INEM questionam fim do serviço noturno de ambulâncias 20 de Julho de 2015 A comissão de trabalhadores (CT) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) pediu esclarecimentos sobre o encerramento no período noturno no serviço de ambulâncias de emergência médica (AEM) em Viseu, na Covilhã e em Aveiro.
Numa carta enviada ao conselho diretivo do INEM, a CT refere ter sabido «que a AEM Viseu 3 encerrou no período noturno e que as AEM Covilhã e AEM Aveiro vão encerrar nos períodos noturnos».
Segundo a CT, tal acontece «devido a uma alegada pressão por parte dos corpos de bombeiros das respetivas áreas, que terão ameaçado entregar as ambulâncias/postos de emergência médica», citou a “Lusa”.
Atendendo a que o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde «afirmou perentoriamente que considera que os parceiros do INEM, neste caso os bombeiros, existem em complementaridade ao INEM, e não o contrário», e que o vogal do conselho diretivo José Mestre «garantiu que não se iria realizar nenhuma mudança sem diálogo prévio» com a CT, esta pede esclarecimentos.
A CT quer saber se o conselho diretivo do INEM «vai ceder às pressões dos corpos de bombeiros e encerrar as AEM Aveiro e AEM Covilhã no período noturno (esta última cuja atuação está já limitada por indicações da diretora regional do Centro)».
«O conselho diretivo do INEM cortou relações com a comissão de trabalhadores?», diz também.
A CT recorda os argumentos do presidente do INEM «de que a AEM Covilhã abriu porque os bombeiros se recusavam a efetuar diversos serviços CODU (centro de orientação de doentes urgentes) e que a abertura da AEM era uma oportunidade única para o INEM».
Lembra ainda que «a AEM abriu num espaço de tempo de tal forma curto que obrigou à deslocação de diversos profissionais, sem aviso prévio, trazendo consequências para as suas vidas pessoais devido à “necessidade imperiosa de serviço” que o INEM invocou».
«Parece existir uma pressão inaceitável de alguns corpos de bombeiros, mas o cidadão, os trabalhadores do INEM e o socorro não fazem política», sublinha.
A CT avisa que, «caso não haja um recuo», irá interpor uma providência cautelar contra o fecho destes meios «e de qualquer outro que tenha os mesmos pressupostos e que coloque em causa condições e postos de trabalho, como é agora o caso».
«Nada nos irá demover de defender os postos de trabalho que agora foram colocados em causa», garante.
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