26 de janeiro de 2017 Um novo tratamento experimental para a doença de Alzheimer revelou-se promissor após ensaios em ratos e macacos, segundo investigadores, que querem testá-lo em humanos, divulgou ontem a revista científica “Science Translational Medicine”.
No tratamento foi usada uma molécula da “família” dos oligonucleótidos, que afetam as instruções genéticas que permitem produzir a proteína “tau”.
A molécula foi injetada no fluido cérebro-espinal de ratos e macacos de laboratório, possibilitando a redução da proteína “tau”, que nos doentes de Alzheimer se acumula de modo anormal no cérebro.
A proteína torna-se tóxica quando se concentra sob a forma de filamentos que destroem progressivamente os neurónios (células cerebrais), atingindo a memória.
Investigadores da universidade norte-americana Washington, em St. Louis, constataram que o novo tratamento pode não só reduzir a proteína “tau”, mas também reverter alguns dos danos neurológicos causados pelas agregações da proteína.
Para um dos autores do estudo, Timothy Miller, professor de neurologia, a molécula usada «tem um potencial terapêutico para os humanos», citou a “Lusa”.
Ensaios clínicos estão já a decorrer para testar a eficácia dos oligonucleótidos contra outras doenças neurológicas, como a de Huntington e a Esclerose Lateral Amiotrófica. |