Tratamento para anemia causada por síndromes mielodisplásicas financiado em Portugal 380

Foi deferido o procedimento de avaliação prévia para a utilização do luspatercept em meio hospitalar, no tratamento de doentes adultos com anemia dependente de transfusão, devido a síndromes mielodisplásicas (SMD) de risco muito baixo, baixo e intermédio, com sideroblastos em anel e sem del5q, que tenham tido uma resposta insatisfatória ou que não sejam elegíveis para terapia baseada em eritropoetina.

A Bristol Myers Squibb (BMS) informa, em comunicado, que segundo o relatório do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde), o medicamento “demonstrou prova de valor terapêutico acrescentado não quantificável, face à alternativa até agora indicada, a terapêutica de suporte transfusional, na subpopulação de doentes adultos com SMD sem del5q”.

“Na Bristol Myers Squibb, estamos comprometidos em desenvolver terapias que fazem a diferença e continuaremos a oferecer soluções que respondam a necessidades médicas não satisfeitas, em prol de um futuro mais saudável”, afirmou Juan Carlos Portasany, commercial director na BMS Portugal.

Síndromes mielodisplásicas, o que são?

São um conjunto de doenças em que há uma alteração maligna da medula óssea que atinge as células precursoras das células sanguíneas. Esta alteração leva a modificações das características das células e à sua deficiente maturação. Como consequência há anemia, diminuição dos glóbulos brancos e das plaquetas, com aumento das células imaturas, chamadas blastos. Em cerca de 1/3 dos casos há evolução para leucemia mieloblástica aguda.