Foi hoje publicado em Diário da República que os tratamentos termais vão voltar a ser comparticipados pelo Estado no próximo ano, tendo como limite máximo 95 euros por utente.
«O valor da comparticipação pago pelo Estado ascende a 35% do preço do conjunto de tratamentos, tendo como limite 95 euros por utente», declara o gabinete de imprensa do Ministério da Saúde (MS), em comunicado enviado para a agência “Lusa”.
Serão abrangidos por este apoio os tratamentos termais prescritos nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde.
«As comparticipações abrangem várias doenças, entre as quais artrite reumatoide, rinite, asma, diabetes, anemia ou insuficiência venosa», indica o MS.
Retoma-se assim o financiamento dos tratamentos realizados nas termas, suspenso em 2011.
«O regime de comparticipação, que assume a forma de projeto-piloto, será avaliado ao fim de um ano, de forma a medir, de forma cuidada, os benefícios alcançados por estes tratamentos», refere ainda a nota do gabinete de imprensa do MS.
Nos últimos anos tem havido um aumento de clientes nas Termas de Portugal, sobretudo entre crianças e jovens, segundo informações avançadas pelo secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, João Pinto Barbosa à “Lusa”. No ano passado, as termas receberam 123 mil pessoas, mais 0,3% do que em 2016.
João Pinto Barbosa informou à citada fonte que o número total de tratamentos terapêuticos em 2017 rondou os 1.300.000 nos 41 estabelecimentos termais em funcionamento no país (no continente), além das Termas de Ferraria, nos Açores.
Segundo os dados veiculados pela Associação, as patologias mais tratadas foram as relacionadas com as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas (50%) e as patologias das vias respiratórias, com 30% da procura.
Em 2017, a associação registou uma faturação de 13 milhões de euros em consultas, tratamentos termais e práticas de bem-estar, segundo o responsável.