Três quartos de consumidores querem ser considerados na regulação do tabaco e nicotina, revela estudo da Philip Morris 948

Cerca de três quartos de consumidores querem os seus pontos de vista considerados por legisladores quando tomam decisões sobre a regulação do tabaco e da nicotina, revela um estudo da Philip Morris Internacional. O diálogo inclusivo e o compromisso são apontados como necessários a uma resposta à principais questões que impactam a sociedade, mostra o inquérito que decorreu em 22 países, incluindo Portugal.

Divulgado esta terça-feira, o inquérito da Philip Morris Internacional contou com a participação de 44 mil adultos e mostra que, por todo o mundo, “os cidadãos estão frustrados com as abordagens fraturantes e que excluem a sua participação na elaboração de políticas públicas”. Revela a empresa em comunicado que mais de oito em cada dez adultos inquiridos (82%) acreditam que as melhores soluções para responder a desafios globais críticos podem ser encontradas não nos extremos, mas sim no meio termo e 88% consideram que os líderes devem ouvir e defender as pessoas que representam quando tomam decisões que afetam a vida desta fatia da população.

Mais de 70% dos inquiridos concordam que as perspetivas muitas vezes ignoradas daqueles que são mais diretamente impactados necessitam de ser incluídas nas discussões relativas a regulação, que as expectativas sociais relativas à abstinência total de substâncias como nicotina e álcool não são viáveis e, como tal, os Governos devem tomar medidas para reduzir a nocividade da sua utilização e que seus Governos devem considerar o papel que os produtos alternativos podem desempenhar para tornar seus países livres do fumo.

Independentemente da polarização no mundo, o inquérito revela consensos, com 90% dos inquiridos a acreditar que, para resolver os desafios sociais mais prementes, os líderes necessitam de considerar todas as perspetivas, mesmo aquelas que vão contra as suas, e 88% a afirmar que estariam disponíveis para votar em líderes que ouvem todos os lados de uma questão e adotam abordagens sensatas que melhoram a vida das pessoas comuns. Apenas 31% acreditam que os seus pontos de vista são ouvidos pelos seus Governos.

“Se quisermos dar resposta aos desafios que enfrentamos como sociedade, de forma significativa e rápida, é necessária uma abordagem mais equilibrada e inclusiva”, refere Gregoire Verdeaux, Senior Vice President da PMI em Assuntos Institucionais. “Isso inclui decisões políticas que consideram as pessoas que são mais impactadas, trazendo todas as partes relevantes para a mesa, incluindo especialistas no tema, empresas privadas, líderes da sociedade civil, e outros interessados que podem contribuir para resolver os problemas em questão”, conclui.

Portugueses apoiam encorajamento na redução de danos sociais provocados por cigarros

Realizado em 22 países, o estudo internacional da PMI inquiriu cerca de 2 mil cidadãos nacionais, com 74% a concordar que encorajar fumadores adultos, que de outra forma continuariam a fumar, a mudar completamente para produtos alternativos sem fumo, pode complementar outras medidas para reduzir os danos sociais que são provocados pelo consumo de cigarros convencionais.

Com mais de 21 anos, os inquiridos em Portugal acreditam (92%) que, se cidadãos e empresas trabalharem juntos, terão capacidade para ter um impacto significativo na resposta às maiores questões que a sociedade enfrenta atualmente. Já 81% considera que as suas vozes foram excluídas durante demasiado tempo e que uma nova abordagem à regulação é necessária para um maior equilíbrio entre quem consome, ou não, este tipo de produtos.

Uma grande maioria dos inquiridos (92%) acredita que as decisões que afetam a sociedade e a Saúde Pública devem ser baseadas em ciência e factos, ainda que 63% considere que as discussões sobre ciência e as últimas novidades relativas aos desenvolvimentos científicos se tornaram mais fraturantes. Apenas 24% da população adulta acreditam que basta apenas regulação e taxação de cigarros para tornar o país livre de fumo.