UCB anuncia os resultados do primeiro estudo de Cimzia e Humira 1076

06 de Abril de 2016

A empresa biofarmacêutica UCB acaba de anunciar os resultados oficiais do EXXELERATE, o primeiro estudo clínico que compara diretamente dois tratamentos anti-TNF, para avaliar se existe superioridade de algum deles.

No estudo, comparou-se Cimzia (certolizumab pegol) em associação com metotrexato (MTX) e Humira (adalimumab) em associação com MTX em doentes adultos com artrite reumatoide moderada a grave com resposta inadequada a MTX.

Os objetivos primários para determinar superioridade não foram alcançados, sendo que os resultados entre Cimzia e Humira foram numericamente comparáveis verificando-se que a percentagem de doentes a alcançar uma resposta ACR20 ao fim de três meses foi similar (Cimzia 69,2% vs Humira 71,4%), assim como  a percentagem de doentes que alcançaram baixa atividade da doença ao fim de dois anos (Cimzia 35,5% vs Humira 33,5%).

A análise preliminar de segurança aos dois anos demonstrou que a segurança global, incluindo eventos adversos graves e infeções graves, foi comparável entre os ambos os fármacos, para a população do estudo (n=915). Os doentes que não responderam ao tratamento inicial ao fim de três meses receberam imediatamente tratamento com o outro fármaco sem período de wash-out entre tratamentos (doentes que trocaram de Humira para Cimzia receberam a dose de indução recomendada de Cimzia). Nenhum evento adverso ocorreu durante o período em que os doentes estiveram expostos a ambos os fármacos (70 dias). Como reflexo dos processos rigorosos do ensaio clínico e da aplicação de medidas de rastreio adequadas para prevenir a reativação da tuberculose (TB), apenas um único caso de TB ocorreu ao longo dos dois anos do estudo.
 
Para Iris Loew-Friedrich, diretora médica da UCB, «O estudo EXXELERATE vai proporcionar uma valiosa perspetiva científica sobre diferentes populações de doentes, incluindo os não respondedores a anti-TNF, e potencialmente permitirá uma melhor compreensão sobre como os parâmetros clínicos e os biomarcadores podem ajudar a identificar os doentes certos para os tratamentos certos e possamos evoluir para que doentes e médicos possam fazer escolhas informadas sobre o tratamento», lê-se num comunicado enviado pela empresa.