UE analisa eventual conluio entre a Novartis e a Roche sobre o Avastin
08-Maio-2014
O comissário europeu para a concorrência, Joaquin Almunia, revelou que a Comissão Europeia vai investigar as alegações que referem que a Novartis e a Roche terão acordado sobre o desincentivo do uso do Avantin para a degeneração macular molhada relacionada com a idade, divulgou a agência “Bloomberg”.
Almunia assinalou que a comissão «vai apurar se é necessário tomar alguma ação nesta área», tendo-se recusado a adiantar o conteúdo das atuais atividades de investigação». A UE ainda terá de dar início a uma investigação formal sobre esta matéria, citou o “Firstword”.
No início deste ano, a Itália aplicou uma coima à Novartis e à Roche de 182,5 milhões de euros, alegando que as empresas exageraram nos riscos do Avastin para a referida indicação para promover as vendas do Lucentis (ranibizumab). As autoridades italianas inspecionaram posteriormente os escritórios das duas companhias. Almunia advertiu que as conclusões de Itália não são «uma indicação da existência, ou não, de um comportamento semelhante em outros estados membros», tendo acrescentado que este caso está «fatualmente e legalmente intimamente relacionado com o quadro regulamentar italiano».
Entretanto, a França iniciou uma investigação semelhante, com inspeções aos escritórios da Novartis e da Roche que posteriormente foram conduzidis pela autoridade da concorrência daquele país. Almunia assinalou que a UE tem estado em contacto com as autoridades da concorrência francesa e de outros países europeus em relação a este assunto.
Nocolas Dunant, porta-voz da Roche, declarou que «não existe qualquer acordo entre a Roche e a Novartis para restringir a concorrência»; já Anja von Treskow, porta-voz da Novartis, afirmou que a companhoa não foi informada de qualquer investigação sobre alegadas atividades anticoncorrenciais entre as duas empresas relacionada com o Avastin e o Lucentis.