A Unidade Local de Saúde de Santa Maria (ULSSM) vai criar uma Unidade de Asma Grave pioneira a nível nacional, para melhorar a assistência prestada aos doentes, que entrará em funcionamento no início de dezembro.
Segundo a diretora do Serviço de Pneumologia, Cristina Bárbara, e a diretora do serviço de Imunoalergologia, Elisa Pedro, do hospital Santa Maria, a Unidade Multidisciplinar de Asma Grave (UMAG), anunciada hoje em comunicado da ULSSM, resulta, segundo a Lusa, da colaboração entre os dois serviços e pretende afirmar-se como o principal Centro de Asma Grave a nível nacional.
“Pretendemos que esta unidade pioneira seja uma referência, com base na qualidade e eficácia da sua atividade assistencial, na excelência, rigor e inovação do seu projeto, nas suas vertentes assistencial, formativa e de investigação, construindo pontes com Consultas de Asma Grave nacionais e Unidades de Asma Grave internacionais”, esclarece o comunicado da ULS.
A UMAG resulta, adianta o comunicado, da necessidade de uma abordagem rigorosa e sistemática de diagnóstico e tratamento, dado a elevada heterogeneidade da doença, que se manifesta pela frequência de exacerbações, alterações na função respiratória e níveis de inflamação.
Segundo a ULSSM, a gestão integral de doentes com asma grave num ambiente especializado e multidisciplinar apresenta vantagens como a confirmação do diagnóstico até ao seguimento e tratamento adequados da asma brônquica.
A asma brônquica é uma das doenças crónicas mais prevalentes a nível mundial. Em Portugal, a asma afeta cerca de 700 mil pessoas, aproximadamente 7% da população, a maioria em idade escolar ou laboral.
Cerca de 5% destes indivíduos têm asma grave, responsável por mais de 50% da utilização dos recursos de saúde destinados aos doentes asmáticos, além de um impacto socioeconómico significativo, resultante da ausência na atividade laboral e escolar, frequentemente associada aos agravamentos da doença.