De acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), uma em cada 1.000 vacinas administradas contra o novo coronavírus teve reações adversas, o que significa que o risco de vir a ter um efeito secundário adverso é de 0,1%.
No total, até ao dia 31 de agosto, foram notificadas cerca de 14.447 reações adversas, sendo que a maior parte (7.581) é referente à vacina da Pfizer/BioNtech, seguindo-se as inoculações da AstraZeneca (4.188), da Moderna (1.486) e a da Janssen (1.136).
Porém, o Infarmed sublinhou, em declarações à agência Lusa, que estes dados “não permitem a comparação dos perfis de segurança entre vacinas”, já que foram utilizados grupos populacionais distintos e períodos e contextos epidemiológicos diferentes.
Em relação às vacinas da Pfizer/BioNtech, Moderna e Janssen, os dados do regulador nacional do medicamento indicam que foi registada uma reação adversa em cada 1.000 doses administradas. Relativamente à vacina da AstraZeneca, o número de efeitos secundários adversos aumentou para duas em cada 1.000 inoculações.
Ainda assim, face ao número total de vacinas administradas, o Infarmed referiu que as reações adversas “são pouco frequentes” e representam “um valor estável ao longo do tempo”.
Em mais de 14,6 milhões de doses administradas, o regulador nacional do medicamento registou 14.447 casos de reações adversas, das quais 5.373 foram graves (37,2%). Entre os efeitos secundários graves, cerca de 82 casos resultaram na morte de pessoas com uma média de idades de 77 anos.
O Infarmed acrescentou ainda que, no caso das reações adversas graves, cerca de 90% estão relacionadas com “situações de incapacidade temporária ou outras consideradas clinicamente significativas pelo profissional de saúde ou utente”.
A faixa etária que registou mais efeitos adversos graves foi dos 25 aos 49 anos, com um total de 2.536 casos, aquela que teve, em simultâneo, o maior número de vacinas administradas (5.052.411).