Chama-se “Crónicas da Farmácia – Volume 1: 2011/2019”, e é o mais recente livro da coleção Farmácia Distribuição. O autor dispensa apresentações no mundo da Farmácia: António Pedro de Figueiredo Hipólito de Aguiar, aqui acompanhado por Ana Paula Martins, Clara Carneiro, Ema Paulino, Odete Isabel e Duarte Santos.
Mas em que consiste este livro? Para saber mais conversámos com o autor que nos deu a sua perspetiva sobre este trabalho.
“A obra é uma compilação de textos, de vários momentos que se passaram no setor da Saúde, e farmacêutico em particular, ao longo dos últimos 8 anos, sendo que foram divididos em 4 capítulos que são introduzidos por 4 personalidades da classe, com as quais tenho uma relação de grande apreço e admiração. No final procuro refletir sobre um conjunto de temas que creio marcarão os próximos tempos no setor”, começa por indicar Hipólito de Aguiar.
As personalidades que colaboram nesta obra conferem-lhe um caráter de facto extraordinário: Ana Paula Martins, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos; Clara Carneiro, farmacêutica e docente universitária; Ema Paulino, farmacêutica comunitária, membro da Direção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, professional secretary no Bureau da FIP – Federation Internacionale Pharmaceutique; Odete Isabel, farmacêutica hospitalar; e Duarte Santos, farmacêutico comunitário, presidente eleito do Grupo Farmacêutico da União Europeia, membro da Direção da Associação Nacional das Farmácias.
O autor anuncia novas iniciativas com base nos temas tratados no livro:
“É curioso que muitos dos textos continuam com grande atualidade, razão pela qual me pareceu pertinente lançar um debate subsequente, que se fará posteriormente em vários momentos e de que iremos dar conta oportunamente”.
Esta é uma obra direcionada para os farmacêuticos e Hipólito de Aguiar espera que sirva para que fiquem com “uma ideia geral dos temas que parecem mais relevantes para a construção do nosso futuro”.
Quanto à evolução das farmácias, desde 2008 que muita coisa mudou.
“Nas farmácias mudou bastante o “set” tecnológico, a preparação do farmacêutico e técnicos e até a própria relação com o cliente, o que, diria, é expectável para um quarto de século”, indicou Hipólito de Aguiar.
Questionado sobre a realidade atual das farmácias e para onde se caminha, o farmacêutico avança para uma mudança de paradigma.
“As farmácias vivem uma fase de alteração do seu padrão tradicional de espaço, evoluindo de um espaço de “doença” (onde se focava a existência essencialmente na componente medicamentosa curativa) para um espaço de “saúde”, na qual a prevenção da doença terá cada vez, julgo, uma maior relevância. Toda esta mudança de paradigma obriga a uma adequação de recursos, nos quais os farmacêuticos têm sido a “aposta” mais evidente, já que o modelo de negócio da farmácia tem primado, e é sem dúvida a sua grande diferenciação, por uma relação personalizada. Os próximos anos ditarão, com a crescente sofisticação tecnológica, uma “fusão” entre o clássico e o moderno, o mesmo é dizer entre a relação humana presencial com a virtual”, explica.
Pode adquirir as “Crónicas da Farmácia” no portal Netfarma.