Universidade de Coimbra disponível para ajudar a criar Faculdade de Medicina em Cabo Verde 349

Universidade de Coimbra disponível para ajudar a criar Faculdade de Medicina em Cabo Verde

18-Mar-2014

A vice-reitora da Universidade de Coimbra (Portugal) afirmou ontem, na Cidade da Praia, a disponibilidade da instituição em apoiar Cabo Verde na criação de uma Faculdade de Medicina no país.

Helena Freitas, que se encontra em Cabo Verde à frente de uma delegação da direção da universidade portuguesa, falava à imprensa no final de uma reunião com o ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação cabo-verdiano, António Correia e Silva, salientou ser essa a razão que a trouxe ao arquipélago.

«Vamos apoiar globalmente todas as iniciativas universitárias que estejam previstas em Cabo Verde. Estamos a conceptualizar aquilo que deve ser o plano estratégico para criar a estrutura necessária e dar início a um trabalho que visa todo o tipo de formação e consolidar este projeto», afirmou, citada pela “Inforpress”.

A delegação da Universidade de Coimbra está em Cabo Verde para iniciar a materialização do entendimento que os dois Estados manifestaram quando o secretário de Estado de Cooperação de Portugal, Luís Campos Ferreira, visitou o arquipélago, em outubro de 2013.

Deste entendimento, a Universidade de Coimbra foi indigitada como a instituição portuguesa que irá trabalhar no projeto integrado abrangente de criação de infraestruturas hospitalares e académicas, com a elaboração de um estudo preliminar para o lançamento de um curso de Medicina a ministrar na Universidade de Cabo Verde (UNI-CV).

Por seu lado, António Correia e Silva salientou que Cabo Verde «não pode continuar a adiar» a criação do curso de Medicina, que, argumentou, «tem grande procura», e que o Governo está aberto a licenciar «bons projetos», tanto na universidade pública como nas privadas.

«Entendemos que o desenvolvimento do ensino superior em Cabo Verde não pode adiar sucessivamente esta questão que é central, a formação de profissionais de saúde, inclusivamente a formação de médicos», afirmou Correia e Silva, citou a “Lusa”.

O governante cabo-verdiano indicou que o projeto pode ser articulado com outros, sublinhando que o Governo «não tem preconceito» se a proponente for uma universidade pública ou privada, como, por exemplo, a Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, que já tinha apresentado um projeto com esse fim.

«Esperemos que se trabalhe para que, daqui a alguns anos, tenhamos um curso de Medicina em Cabo Verde. O propósito é claro: ter este curso a funcionar no país e junto da instituição pública cabo-verdiana, o que não exclui outros projetos», frisou.