Universidade de Coimbra quer patentear novo meio de diagnóstico de cancro 21 de Outubro de 2015 Um novo meio de diagnóstico de cancro, desenvolvido por investigadores do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), vai ser submetido a pedido de patente internacional, anunciou hoje a Universidade de Coimbra (UC).
O ICNAS da UC e a multinacional norte-americana Ion Beam Applications (IBA) – «líder mundial no fabrico de ciclotrões» – acabam de «submeter conjuntamente o pedido de patente internacional para um novo processo de produção de Gálio-68», anunciou aquela Universidade, numa nota, citada pela “Lusa”.
O novo processo de produção de Gálio-68, que é um «isótopo fundamental no diagnóstico do cancro», garante «maior rendimento e tem um custo dez vezes inferior» ao método adotado atualmente.
A invenção é dos investigadores do ICNAS Antero Abrunhosa, Francisco Alves e Vítor Alves, que, «ao longo dos últimos dois anos, desenvolveram um processo inovador de produção de isótopos para marcação de moléculas utilizadas em tomografia de emissão de positrões (PET), essenciais para o diagnóstico e estadiamento de doenças oncológicas», afirma a UC.
O método formulado pelos investigadores de Coimbra tem impacto significativo na realização de exames de PET para o diagnóstico de cancro porque «garante maior rendimento e tem um custo dez vezes inferior ao atual, tornando assim o exame acessível a um maior número de doentes e promovendo o uso generalizado deste tipo de exame para o diagnóstico de tumores», sublinham os investigadores, citados pela UC mesma nota.
«Esta redução de custos terá também, sem dúvida, um impacto positivo no sistema nacional de saúde», pois o «método disponível no mercado é complexo e dispendioso», salientam Antero Abrunhosa, Francisco Alves e Vítor Alves. |