Universidade de Toronto premeia aluna portuguesa de Ciências Médicas 347

Universidade de Toronto premeia aluna portuguesa de Ciências Médicas

11 de Maio de 2015

Uma portuguesa, estudante internacional de Ciências Médicas no Canadá, foi distinguida com o International Fee Differential Award pela Universidade de Toronto, um prémio no valor de 6.000 dólares canadianos (4.400 euros).

O objetivo deste prémio é ajudar ao pagamento das propinas, que no caso de alunos estrangeiros são cerca de 20.000 dólares (14.765 mil euros) anuais.

«Esforcei-me imenso. É o reconhecimento do meu esforço. Desde que começaram as aulas (setembro de 2014), até abril, passei os fins de semana a estudar, além de durante a semana frequentar as aulas. Tive sempre a nota máxima (A +)», disse à agência “Lusa” Carina Freitas, natural do Funchal.

Segundo uma nota da Universidade de Toronto, o Instituto de Ciências Médicas «valoriza a contribuição (de Carina Freitas) pela excelência académica», e acrescenta esperar por «futuras excelentes prestações».

Carina Freitas reconhece que o inverno «muito rigoroso» do Canadá foi a chave para o sucesso. «Ajudou a ficar mais tempo em casa a estudar», justificou.

Em Portugal, Carina Freitas formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (1994-2000), fez o Internato Geral Médico no Centro Hospitalar do Funchal (2001-2002), especializou-se em Psiquiatria de Infância e da Adolescência no Hospital de Dona Estefânia (2003-abril de 2008).

Entre maio de 2008 e 2014 exerceu a atividade clínica no Serviço de Pedopsiquiatria no Hospital Nélio Mendonça, no Funchal, e atualmente encontra-se de licença sem vencimento.

Além da Medicina, Carina Freitas tem outra paixão: a música. Além de cantora, também é compositora e desde muito cedo participou em vários festivais da canção, tendo lançado em 2006 “Alquimia”, um álbum de pop-rock com temas originais.

Com um mestrado em Neurociências pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Carina Freitas tem um interesse particular em Neurociências da música:

«Quero juntar as três áreas de interesse, ou seja, as Neurociências, a Pedopsiquiatria e a música num projeto que estuda a perceção e a cognição musical das crianças com perturbações do espectro do autismo, utilizando técnicas modernas de neuroimagem, revelou.

Segundo Carina Freitas, «a relevância do estudo é que vai permitir compreender como o cérebro das crianças autistas reage à música, ajudando a delinear novas intervenções terapêuticas como a musicoterapia».

Desde setembro de 2014 no Canadá, em resultado do seu casamento, Carina Freitas está satisfeita com a experiência e o objetivo agora passa por uma maior integração com a comunidade portuguesa em Toronto.