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Urgências, cirurgias e consultas aumentaram em 2014

06 de Março de 2015

O número de cirurgias realizadas em hospitais públicos aumentou em 2014, atingindo um total de 557.339, mas os episódios de urgência também aumentaram, com cerca de 60.400 casos urgentes a mais do que no ano anterior, segundo dados oficiais.

De acordo com os dados da atividade assistencial do ano de 2014, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), de uma maneira geral a «atividade do SNS [Serviço Nacional de Saúde] mantém níveis de crescimento», atingindo um «valor inédito» nas cirurgias programadas, citou a agência “Lusa”.

O número de cirurgias programadas em 2014 foi de 557.339, sendo equivalente a um aumento de 1 por cento ou a mais 6.603 cirurgias realizadas do que no ano anterior, revela a ACSS, especificando que, do total de intervenções cirúrgicas, 57,4 por cento foram realizadas em ambulatório (55,8 por cento em 2013).

Segundo a ACSS, também se verificaram mais episódios de urgência do que no ano anterior, com um total de 6,1 milhões casos urgentes atendidos.

O aumento, correspondente a 1 por cento, ou seja, mais de 60 mil episódios de urgência, é justificado pela ACSS com a sazonalidade dos surtos de doenças.

No que respeita ao acesso aos cuidados de saúde primários, observou-se «a continuação da tendência dos últimos anos no aumento do acesso», designadamente através de um crescimento de 0,6 por cento do número de consultas (mais 165.268 consultas do que em 2013).

Esta tendência também se verificou no número de utilizadores dos cuidados de saúde primários: mais 7.712 utentes utilizadores, quando no ano passado foram 7.053.513.

A ACSS regista ainda um «aumento significativo» nas consultas de enfermagem, com uma subida de 6,9 por cento – mais um milhão de consultas do que em 2013 -, num total anual de 15,6 milhões de consultas.

O número de consultas médicas não presenciais (1,3 por cento) teve um aumento superior ao das consultas presenciais (0,3 por cento), o que – na opinião da ACSS – reflete a melhoria do acesso, com maior flexibilidade e adequação às necessidades das populações.

Ao nível da consulta externa hospitalar, constatou-se um crescimento de 0,9 por cento nas primeiras consultas (correspondente a 3,4 milhões de consultas) e de 1,9 por cento nas consultas subsequentes (equivalente a 8,48 milhões de consultas).

No total realizaram-se mais 188.123 consultas médicas hospitalares do que no período homólogo, sintetiza a ACSS, destacando a «tendência de aumento da produção de consultas nos hospitais do SNS», nomeadamente primeiras consultas.

Ao nível do internamento, a ACSS diz que os dados recolhidos reforçam «a tendência de transferência da atividade de cirurgia convencional para o ambulatório».