
Utentes da Saúde do Médio Tejo querem saber se vão encerrar mais extensões 08-Jan-2014 A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) vai pedir uma reunião «com caráter de urgência» à diretora executiva do ACES do Médio Tejo para saber se «há ou não intenção de encerrar extensões de saúde» na região. Em conferência de imprensa, dada ao fim da tarde de ontem em Torres Novas, depois de uma série de reuniões com autarquias e outras entidades, a CUSMT manifestou apreensão «face ao deteriorar das condições de prestação de cuidados de saúde em algumas unidades» da região. Reafirmando as suas propostas, a CUSMT sublinhou, num documento distribuído aos jornalistas, que «continuará persistentemente a sua luta por uma organização dos cuidados de saúde que respeite a vontade da população do Médio Tejo, já expressa em documentos subscritos por mais de trinta mil cidadãos». Entre as iniciativas que vai tomar, inclui-se o pedido de uma reunião, com caráter de urgência, à diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, tendo em conta os receios de que venham a encerrar mais extensões de saúde, «nomeadamente nos concelhos de Torres Novas, Abrantes, Ourém e Constância». A CUSMT quer ainda saber «porque não é permitida a atribuição de incentivos, nomeadamente a médicos, para se instalarem em zonas rurais», se há intenção de dotar o ACES do Médio Tejo de Unidades Móveis de Saúde e quando será apresentado o plano de atividades e orçamento para 2014. Segundo a “Lusa”, a comissão entende que a aquisição de Unidades Móveis de Saúde para o ACES é «condição prévia à estruturação dos cuidados de saúde primários», para os quais «é urgente a contratação de mais médicos, enfermeiros e outros trabalhadores». Preconiza ainda a permanência de farmácias nos meios rurais. Por outro lado, vai defender que o Conselho de Comunidade do ACES seja empossado e comece a funcionar, tendo em conta que, apesar do interesse das autarquias e de outras entidades na preservação da proximidade e qualidade dos serviços de saúde, há falta de diálogo e de coordenação «de forma permanente e regular». A CUSMT declarou o seu empenho em continuar a «defender a gestão pública de todas as unidades de saúde, quer nos cuidados primários quer nos cuidados hospitalares», bem como em promover a articulação entre cuidados primários, cuidados hospitalares e cuidados continuados. Quer ainda, conforme tem vindo a defender, a existência nas três unidades hospitalares do Centro Hospitalar do Médio Tejo (Torres Novas, Tomar e Abrantes) dos serviços de Urgência, Pediatria, Medicina Interna e Cirurgia Ambulatória, bem como a «dinamização das valências existentes e, eventualmente a criação de outras, mas distribuídas geograficamente de forma equilibrada pelas três unidades hospitalares». Defendendo financiamento adequado e uma gestão eficiente dos serviços de saúde, a CUSMT entende que «todos os cuidados, custem o que custarem, devem ser prestados para se respeitar a dignidade e a vida humanas». |