Utentes do SNS com acesso facilitado a dados clínicos ou exames 15 de Janeiro de 2015 O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai facilitar a entrada dos utentes na plataforma de dados da saúde, permitindo-lhes consultar os seus dados clínicos, aceder ao receituário, ver exames, consultar o boletim de saúde dos filhos ou até pedir a isenção de taxas moderadoras. O acesso será feito a partir de uma chave móvel digital, que vai poder ser pedida gratuitamente em centros de saúde e hospitais públicos. Para ter a porta aberta no SNS virtual, a funcionar no Portal do Utente e onde já é possível marcar consultas para o médico de família, o utilizador apenas terá de ser titular de um cartão do cidadão válido, possuir um telemóvel e fazer um registo presencial, único, numa unidade de saúde aderente. O protocolo, entre a Saúde e a Modernização Administrativa, é assinado esta tarde e é o ponto de partida para que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) inicie a distribuição dos equipamentos, no caso leitores do cartão do cidadão, aos centros de saúde e hospitais. A chave digital vem facilitar um processo que já havia dado os primeiros passos, incluindo em outros serviços da administração pública a funcionar na internet, mas sem grande sucesso. Para aceder às funcionalidades disponíveis era necessário ter um leitor de cartões do cidadão, equipamento que tem estado sobretudo limitado às empresas. Ao “Expresso”, os responsáveis da SPMS adiantaram que o Portal do Utente já é utilizado diariamente para solicitar seis mil pedidos de consultas nos cuidados primários, um serviço possível de requerer sem necessidade de autenticação do utente. Um dos passos seguintes será o da videoconferência. «O utente vai poder combinar uma conversa por videoconferência com o médico ou o enfermeiro ou mostrar exames, por exemplo, e tudo de forma gratuita», antecipa o presidente da SPMS, Henrique Martins. «Para o SNS, o interesse em ter um acesso facilitado à plataforma de dados da saúde é poder educar a população e promover a saúde», salienta o responsável. «E no caso dos centros de saúde, por exemplo, aumentar a adesão dos utentes a esta ferramentas e até ao médico de família», acrescenta. |