Utentes entregam 30 mil assinaturas por “melhor saúde” no Médio Tejo 550

Utentes entregam 30 mil assinaturas por «melhor saúde» no Médio Tejo

13 de Maio de 2015

Estruturas representativas dos Utentes da Saúde do distrito de Santarém entregaram ontem no Ministério da Saúde, em Lisboa, três documentos assinados por 30 mil pessoas reivindicando um melhor funcionamento dos serviços de urgência dos hospitais.

«Os três abaixo-assinados que hoje [terça-feira] entregámos reivindicam um melhor funcionamento no serviço de urgências dos hospitais do distrito, o desenvolvimento das especialidades existentes e uma melhor articulação entre cuidados de saúde primários e unidades hospitalares», disse à agência “Lusa” Manuel Soares, porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT), em ação que levou perto de 50 pessoas até Lisboa.

O primeiro abaixo-assinado, com 5 mil assinaturas recolhidas pela Comissão de Utentes da Saúde de Almeirim, reivindica a presença de mais médicos de família para um concelho onde cerca de 40% dos utentes estão a “descoberto”, precisou.

«Um segundo documento, que contém as reivindicações dos utentes de Santarém e Rio Maior, visou dar a conhecer à tutela o conteúdo de uma petição a ser entregue na Assembleia da República (AR) e defende um melhor funcionamento do Hospital de Santarém e a sua articulação com os centros de saúde, a contratação de mais médicos e mais enfermeiros e a realização das obras prometidas na reabilitação dos blocos operatórios», continuou aquele dirigente.

Segundo Manuel Soares, «com mais de 20 mil assinaturas, o abaixo-assinado promovido pela CUSMT reivindica um melhor funcionamento das Urgências nos hospitais de Tomar, Torres Novas e Abrantes, e a existência de medicina interna, pediatria e cirurgia em todos os hospitais» do distrito de Santarém.

Por outro lado, continuou, «a CUSMT defende como o melhor para as populações o desenvolvimento das especialidades já existentes, em articulação com os cuidados primários de saúde e com os centros de saúde, onde faltam muitos médicos e outros profissionais».

«Este Conselho de Administração (CA) do CHMT está há quase um ano em exercício e o que conseguiu fazer foi reduzir o número de camas disponíveis e aumentar as listas de espera e os tempos de consulta. Com este CA, a saúde fixou mais longe para os utentes do Médio Tejo», vincou.

Em comunicado, o CA do CHMT afirma que «tem estado sempre a acompanhar os desafios (…) e a promover uma melhoria significativa dos seus recursos com vista à prossecução de um serviço mais eficiente e de maior proximidade».

Presidido por Carlos Andrade, o CA do CHMT destaca ainda na mesma nota algumas das ações mais recentes, nomeadamente «o reforço dos recursos humanos através da contratação de médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de diagnóstico e terapêutica», bem como o «reforço e alargamento dos serviços médicos prestados através da ampliação de estruturas funcionais e aquisição de equipamentos e manutenção dos existentes».

A administração do centro hospitalar afirma «estranhar» a ação ontem desenvolvida pela CUSMT, «tendo em conta os contactos frequentes e a reunião agendada» para o dia 26 de maio.

«Na reunião de dia 26 de maio, o que esperamos é por respostas concretas a questões que continuam a preocupar os utentes da saúde, e esclarecimentos sobre a atividade geral desenvolvida neste último ano no CHMT», antecipou Manuel Soares.