Vacina contra a meningite B com 36 suspeitas de reações adversas graves 21 de Setembro de 2015 O INFARMED lembra que as notificações não implicam uma relação entre a toma do medicamento e a reação. A Sociedade Portuguesa de Pediatra diz que a vacina é segura e aconselha a toma. Em 16 meses, desde que a vacina antimeningocócica tipo B começou a ser comercializada em Portugal, a Autoridade Nacional do Medicamento registou «70 casos de suspeitas de reações adversas». Destas 36 foram notificações graves, incluindo um caso em que morreu uma criança, avançou a edição de ontem do “Jornal de Notícias”. Estas notificações não implicam, à partida, uma relação direta entre a toma do medicamento e a reação adversa, sublinhou o INFARMED. Ou seja, são notificações de reações que podem ou não ter a ver com a vacina, que depois são investigadas. No caso da morte da criança, o INFARMED, citado pelo “Diário de Notícias”, salienta que esta tinha uma doença que pode ter causado a morte. A Bexsero, a única no mercado contra a meningite B, está fora do Plano Nacional de Vacinação e custa 95 euros. A meningite B é uma doença rara, mas grave: em 2011 a incidência foi de 0,58 casos por cada 100 mil habitantes. Pode ser fatal entre 5% e 14%dos casos ou deixar sequelas neurológicas A Sociedade Portuguesa de Pediatra diz que a vacina é segura e aconselha a toma. A vacina «é imunogénica e segura em lactentes, crianças e adolescentes. Apesar de ligeiramente mais reactogénica quando administrada, em simultâneo, com as vacinas incluídas no PNV e com a vacina pneumocócica conjugada, os efeitos secundários observados não são graves e a resposta imunológica aos antigénios das várias vacinas não é significativamente alterada», pode ler-se num documento publicado em 2014. Desde maio de 2014 foram vendidas em Portugal 222 mil embalagens de vacinas contra o meningococo, sendo a grande maioria da vacina Bexsero, informou o INFARMED, lembrando que cada criança toma entre duas a três doses. |