A vacina da gripe está a faltar em algumas farmácias e centros de saúde devido à forte adesão à campanha de vacinação deste ano, avança o “Jornal de Notícias”. No primeiro mês, foram vendidas mais de metade de todas as vacinas disponibilizadas no inverno do ano passado. A Ordem dos Enfermeiros já avisou que há casos de rutura de stock em alguns centros de saúde em Portugal.
Os dados da Associação Nacional de Farmácias revelam que, em cinco semanas, as farmácias venderam 311.592 vacinas. Esse número corresponde a cerca de 60,1% de todas as vacinas que tinham sido vendidas nas farmácias na campanha de inverno em 2017. O mesmo acontece nos centros de saúde: os dados da DGS revelam que na primeira semana de campanha de vacinação foi administrado quase o dobro das vacinas dadas durante as primeiras semanas do ano passado.
Durante essa semana foram administradas 180 mil vacinas e, na semana seguinte, o número aumentou para as 200 mil. Situação que resultou numa rutura de stock, alertou a Ordem dos Enfermeiros.
Numa carta enviada ao Ministério da Saúde, os enfermeiros dizem que os casos mais críticos são os dos centros de saúde do Cávado III — Barcelos/Esposende e o de Gaia, e no distrito de Viana do Castelo.
Em declarações ao “Jornal de Notícias”, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, José Correia de Azevedo, confirmou essas falhas, afirmando que «dizem-nos que se deve a atrasos no fornecimento, mas não temos conhecimento direto de que haja grande prejuízo».
Apesar disso, a Associação Nacional de Farmácias sublinha ao Jornal de Notícias que os problemas são «pontuais» e acontecem com outros medicamentos: «Não temos um problema de abastecimento de vacinas neste momento», afirma.