Vacinação COVID-19: Taxas mais elevadas de RAM após primeiro ciclo de vacinação 68

O quarto artigo científico do Consórcio europeu que monitoriza a segurança das vacinas COVID-19 foi publicado recentemente, sendo a participação portuguesa no projeto coordenada por Francisco Batel Marques, docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC).

O estudo Safety of COVID-19 Vaccines among People with History of Allergy: A European Active Surveillance Study, segundo noticiado no site da FFUC, avaliou o perfil de segurança das vacinas contra a COVID-19 em indivíduos com e sem histórico de alergias, comparando as reações adversas (RAM) após o primeiro ciclo de vacinação e doses de reforço.

Os resultados mostraram “taxas mais elevadas de RAM após o primeiro ciclo de vacinação (64-91%) em comparação com a dose de reforço (56-79%), sendo a maioria das reações leves e sem casos de anafilaxia”, lê-se no site.

Verificou-se ainda que as mulheres e os vacinados com histórico de alergias relataram mais RAM do que os homens e os controlos, respetivamente. Constatou-se também que “as vacinas Comirnaty e Vaxzevria apresentaram uma maior proporção de RAM”.

Não obstante o risco de reações alérgicas, concluiu-se que “os benefícios da vacinação contra a COVID-19 superam claramente esses riscos”.

O artigo pode ser consultado aqui.

 

Como foi feita a análise

Entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2023, foram recolhidos dados de vacinados em 11 países europeus. A análise incluiu 3476 vacinados com alergias e 13.872 da população geral. Após a dose de reforço, 825 vacinados com alergias foram comparados com 3297 vacinados da população em geral.