A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou as normas relativas à vacinação pneumocócica, recomendando a vacina polissacárida a todos os adultos com mais de 65 anos e alargando o sistema gratuito aos doentes de risco a partir dos 18 anos.
A recomendação relativa à vacinação contra a doença invasiva pneumocócica (DIP) dos adultos pertencentes aos grupos de risco foi agora atualizada.
Nesta atualização, “passa a recomendar-se a vacina polissacárida pneumocócica de 23 serotipos (Pn23) a todos os adultos com 65 ou mais anos, entrando em vigor um regime especial com comparticipação de 69%”, anunciou a DGS, em comunicado divulgado à Lusa.
Tal como já acontecia com a vacina conjugada pneumocócica de 13 serotipos (Pn13), a vacina Pn23 “passou a ser gratuita para pessoas com mais de 18 anos e pertencentes a determinados grupos de risco clínico”.
No que se refere aos grupos de risco clínico, para além dos já definidos em 2015, passam a ter vacinação gratuita no Serviço Nacional de Saúde (SNS) pessoas com insuficiência respiratória crónica, referiu a norma.
Por outro lado, para além dos transplantados, a vacinação gratuita “abrange agora também os candidatos a transplante, a partir do momento em que forem incluídos na lista de espera para esse procedimento”, pode ler-se no comunicado da DGS, citado pela agência de notícias.
Por outro lado, as pessoas com 65 ou mais anos e com critérios clínicos para vacinação gratuita no SNS, no âmbito desta norma, podem optar por adquirir as vacinas na farmácia, “auferindo também do regime especial com comparticipação de 69%”.
De acordo com a DGS, existem dois tipos de fatores que representam um risco acrescido para a DIP: a idade, cuja incidência é superior nas crianças, especialmente no primeiro ano de vida, e nos adultos com 65 ou mais anos; e existe ainda os fatores de risco clínico que surgem em pessoas de qualquer idade, com determinadas doenças.
A DGS considerou ser “fundamental a adequação periódica da estratégia vacinal, tendo em conta a evolução da epidemiologia, do conhecimento científico, da disponibilidade de vacinas no mercado, e ainda o aumento progressivo da gratuitidade para as pessoas pertencentes aos grupos de risco”.