Portugal ultrapassou a meta de 75% de taxa de vacinação contra a gripe proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com uma taxa de 88,3% de vacinado nas pessoas com 65 anos ou mais.
De acordo com os dados finais do Vacinómetro 2021/2022, o estudo que acompanha o ritmo da vacinação contra a gripe, que é promovido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), com o apoio da Sanofi Pasteur, terão sido imunizadas 83,4% das pessoas portadores de doença crónica e 64,4% dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes.
Foram ainda vacinados 53,3% dos portugueses com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos e cerca de 60,2% das grávidas, que “têm registado um consistente aumento na cobertura vacinal desde a sua inclusão no regime de disponibilização gratuita da vacina, na época de 2020/2021”.
O Vacinómetro mostra também o crescimento da vacinação no grupo dos 60 aos 64 anos de idade, desde a última fase do estudo (14 a 20 de dezembro de 2021), com um valor que passou de cerca de 38,7% para 53,3%, coincidindo também com a inclusão deste grupo na gratuitidade da vacina a 15 de Dezembro de 2021.
Das pessoas com 65 ou mais anos de idade, terão sido vacinadas pela primeira vez 8,5%, o mesmo acontecendo em 25,7% dos casos das pessoas entre os 60 e os 64 anos de idade, 8,1% dos doentes crónicos e 10,5% dos profissionais de saúde.
Nos dois grupos de doentes crónicos analisados, 89% das pessoas com diabetes terão sido vacinadas, 5% das quais pela primeira vez, e 84,2% das pessoas com doenças cardiovasculares terão também recebido a vacina da gripe, 10,7% pela primeira vez.
Por recomendação do médico, vacinaram-se 66,9% das pessoas com 65 anos ou mais anos, 65,8% dos doentes crónicos, 43,7% das pessoas entre os 60 e os 64 anos e 63,7% das grávidas. Por iniciativa própria foram 26,5% com 65 ou mais anos de idade, 21,7% dos doentes crónicos, 39,6% das pessoas entre os 60 e os 64 anos, 19,8% das grávidas e 11,6% dos profissionais de saúde.
O contexto de uma iniciativa laboral foi a razão apontada para a vacinação de 82% dos profissionais de saúde.
Lembrar que a campanha de vacinação deste ano decorreu por ordem decrescente de idades, através de convocatória por SMS para a administração em simultâneo da vacina contra a gripe e contra a covid-19, ou apenas para a vacina contra a gripe (se não fossem elegíveis para a covid-19), o que, segundo os promotores do Vacinómetro, “aliado a outras iniciativas, poderá ter contribuído para um aumento da cobertura vacinal e prevenção de complicações para além da gripe”.