Venda de produtos anti-tabágicos diminuem, mas farmácias são o ponto de venda preferido 16 de Novembro de 2015 Todos os dias são consumidos por fumadores que tentam deixar de fumar 357 embalagens de anti-tabágicos, um número inferior ao registado no ano anterior, traduzindo uma diminuição de procura destes produtos, segundo a consultora IMS Health. Segundo estes dados, citados pela “Lusa”, entre setembro de 2014 e setembro de 2015 foram vendidos em farmácias e parafarmácias 130.390 embalagens de produtos anti-tabagismo, menos 33.174 do que no mesmo período do ano anterior. Em 2013 foram vendidos 151.346 embalagens de produtos anti-tabagismo, número que subiu para 163.564 em 2014, para depois descer até aos 130.390. As farmácias são o ponto de venda preferido para a aquisição destes bens, onde foram vendidos este ano 89.123 embalagens (112.812 em 2014), ao passo que as parafarmácias venderam 41.266 embalagens (50.751 no ano anterior). Em valor, os fumadores já gastaram este ano cerca de 3,2 milhões de euros na compra destes produtos, ainda assim, menos cerca de 386 mil euros do que no ano anterior, em que o valor chegou quase aos 3,6 milhões de euros. Dados do INFARMED sobre os medicamentos para desabituação tabágica demonstram igualmente uma diminuição da procura. Numa análise comparativa dos últimos cinco anos, relativamente aos medicamentos colocados nas farmácias pelos armazenistas, verifica-se uma descida no número de embalagens disponibilizadas. Em 2010 foram distribuídas pelas farmácias 149.917 embalagens destes medicamentos, número que desceu para 102.648 o ano passado (menos 47.269). Os mesmos dados dão conta de um aumento de procura em 2012 (156.914) a que se seguiu uma diminuição contínua (128.193 em 2013). Em valor, esta diminuição traduziu-se em menos 1,5 milhões de euros entre 2010 (4.405.148 de euros) e 2014 (2.862.325 de euros). As consultas de cessação tabágica também têm vindo a diminuir, segundo os últimos dados disponíveis, que dizem respeito ao relatório anual da Direção-Geral da Saúde sobre prevenção do tabagismo, apresentado em novembro de 2014. O relatório indica que cerca de 19% dos inquiridos fumadores responderam não ter interesse em parar de fumar, cerca de 65% responderam ter um interesse ligeiro ou moderado e 17% um forte interesse em parar de fumar. O teste de Richmond, que avalia a motivação para a cessação tabágica, também citado pelo relatório, revelou por sua vez uma realidade ainda mais negativa: a grande maioria dos consumidores (85,5%) tem uma motivação baixa, 12,6% uma motivação moderada e apenas 1,8% uma motivação elevada para deixar de fumar. Quanto às consultas do Serviço Nacional de Saúde para ajudar a deixar de fumar, entre 2009 e 2013, diminuíram de 25.765 para 21.577, o número de utentes atendidos nas consultas de apoio intensivo à cessação tabágicas baixou de 7.748 para 5.377, enquanto o número de locais de consultas para esse fim caíram de 223 para 116. O tabaco mata por ano cerca de 11 mil pessoas em Portugal e na terça-feira assinala-se o Dia do Não Fumador. |