24 de outubro de 2014 A Biogen Idec anunciou que as vendas do terceiro trimestre subiram 37%, alcançando os 2,5 milhões de dólares, um valor que vai encontro das estimativas dos analistas. A empresa observou que a receita foi impulsionada pelo desempenho dos seus produtos para a esclerose múltipla, o Tysabri e o Tecfidera. O lucro líquido neste período de três meses subiu 76%, para 857 milhões de dólares, avançou o “FirstWord”. «O terceiro trimestre foi um período de conquistas significativas visto que continuámos a fazer progressos contra os nossos objetivos corporativos», comentou o CEO George A. Scangos, acrescentando que «também lançámos o Tecfidera em vários países europeus, promovendo a sua posição como uma terapia oral líder». As vendas deste produto neste trimestre mais que duplicaram, atingindo os 787,1 milhões de dólares, acima dos 286,4 milhões dólares verificados o ano passado. O analista da RBC Capital Markets, Michael Yee, observou que as vendas do Tecfidera nos Estados Unidos, no valor de 638 milhões dólares, ficaram ligeiramente aquém das projeções dos analistas, avaliadas em 643 milhões de dólares. Enquanto isso, as receitas do Avonex totalizaram os 741,8 milhões de dólares, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre do ano anterior. As vendas trimestrais do Tysabri cresceram 25%, alcançando os 501 milhões de dólares, sendo 275 milhões provenientes dos EUA e 226 milhões de dólares gerados por vendas fora do país. A Biogen Idec também vai aumentar os seus lucros por ação em 2014, prevendo um lucro por ação entre 13,45 e 13,55 dólares, uma subida em relação à estimativa anterior entre 12,90 e 13,10 dólares. A empresa disse que o crescimento se deve «principalmente à atualização de expectativas em relação ao desenvolvimento de negócios». «No geral, os resultados parecem fortes, na nossa opinião, embora não tenham correspondido exatamente às expectativas que podem ter sido ligeiramente altas», advertiu Yee. À margem destes resultados, a Biogen Idec disse que foi confirmado um caso de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) num paciente que tomava o Tecfidera. A farmacêutica revelou que o doente, que veio a falecer de complicações de uma pneumonia, tomou o medicamento por mais de quatro anos e apresentava uma contagem de glóbulos baixa durante grande parte do tratamento. A empresa acrescentou que acredita que o perfil de risco do Tecfidera, que inclui um potencial risco de PML, não mudou. |