24 de outubro de 2014 A GlaxoSmithKline (GSK) anunciou que as vendas do terceiro trimestre caíram 13%, para 9 mil milhões de dólares, ficando abaixo das previsões dos analistas, que rondavam os 9,2 mil milhões de dólares. A receita proveniente da prescrição de medicamentos foi afetada devido à «mudança de dinâmica» do mercado norte-americano de produtos para doenças respiratórias. Segundo o “FirstWord”, as vendas na unidade farmacêutica da empresa caíram 4%, para 5,9 mil milhões de dólares, um valor que inclui as receitas das vacinas, que atingiram os 1,5 mil milhões de dólares. «O impacto das alterações do contrato e do formulário de medicamentos, implementadas este ano com o Advair, tem sido maior do que aquilo que tínhamos previsto e afetaram diretamente as nossas vendas nos EUA neste trimestre», comentou o CEO Andrew Witty. O administrativo realçou que, devido às mudanças no mercado norte-americano de produtos para doenças respiratórias e ao acordo com a Novartis, a GSK vai implementar um programa de reestruturação que tem como objetivo a poupança anual de 1,6 mil milhões de dólares durante os próximos três anos. Witty disse que esta reestruturação vai «com certeza afetar postos de trabalho», mas avançou que o número de funcionários no Reino Unido «não iria diminuir». No âmbito do negócio com a Novartis, a GSK vai ceder as suas terapias oncológicas à farmacêutica suíça e comprar a sua unidade de vacinas. Para além disso, as empresas vão criar uma joint venture dedicada à saúde do consumidor. A GSK disse que segundo o acordo, Moncef Slaoui, o antigo presidente da secção de I&D e de vacinas, vai ficar à frente da unidade de vacinas e a Emma Walmsley será nomeada CEO da joint venture dedicada à saúde do consumidor. Abbas Hussain, anteriormente responsável pelos mercados emergentes e pela zona da Ásia-Pacífico, será indicado para liderar o negócio farmacêutico global, com Patrick Vallance como responsável pela I&D para os medicamentos. A GSK informou que as vendas de produtos respiratórios no terceiro trimestre atingiram os 2,3 mil milhões de dólares, uma queda de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior, incluindo uma queda de 19% na receita do Advair para 1,6 mil milhões de dólares. As vendas do produto caíram 30% nos EUA para 709 milhões dólares, enquanto que a receita da Europa e do Japão caiu 9% e 13%, respetivamente, atingindo os 505 milhões de dólares e os 87 milhões de dólares. Enquanto isso, as vendas do Breo Ellipta, que foi autorizado no ano passado na Europa e nos EUA para o tratamento da doença pulmonar obstrutiva crónica, totalizaram os 24 milhões de dólares. De acordo com a GSK, as vendas trimestrais de produtos farmacêuticos e vacinas nos EUA caíram 10%, para 2,1 mil milhões de dólares, enquanto a receita na Europa caiu 2%, atingindo os 1,6 mil milhões de dólares. Por sua vez, as vendas nos mercados emergentes subiram 12% em relação ao mesmo período do ano passado, para 1,3 mil milhões de dólares. A companhia acrescentou que o lucro líquido do trimestre foi de 645 milhões de dólares, abaixo dos 1,6 mil milhões de dólares registados no mesmo período de 2013. Witty admitiu que «2014 foi um ano difícil, um ano desafiante, mas não foi de todo um ano desestabilizador em termos estratégicos». No mês passado, um tribunal chinês multou a GSK em 477 milhões de dólares, depois de considerar a empresa culpada por subornar funcionários não-governamentais. «Estou confiante em relação à estratégia do grupo». Witty acrescentou que «nós também planeamos devolver aos acionistas 4 mil milhões de libras em 2015». A GSK indicou que o lucro anual de 2014 será «muito semelhante ao de 2013» depois de ter diminuído a sua previsão no início deste ano. |