20 de fevereiro de 2017 As vendas de metilfenidato, conhecido como “comprimido da inteligência” por ser utilizado para melhorar a concentração das crianças, mais do que duplicaram entre 2010 e 2016. De acordo com os dados avançados pela Quintiles IMS e pelo INFARMED, citados pelo “JN”, em 2010 venderam-se 133 mil embalagens deste medicamento, um número que ascendeu às 270 mil embalagens, no ano de 2016. «São muitas as crianças medicadas porque foram consideradas desatentas e problemáticas. O que era excepção tornou-se habitual», declarou o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Filinto Lima, considerando que se trata de «um exagero». «Só em casos extremos se deveria recorrer a fármacos», disse ao “JN” o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues. O especialista defende que o efeito da medicação «não proporciona uma mudança de comportamento» e sustenta que a intervenção psicológica nas crianças poderia corrigir grande parte dos problemas. |