Vera Paulino vai ao Rethinking Pharma 2024 para “fazer pensar” sobre uma realidade “que não é ficção científica” 1946

O Centro de Congressos do Lagoas Park, em Oeiras, recebe a 6 de junho o Rethinking Pharma 2024, este ano com o mote “Fast Forward”. A reunião magna dos profissionais da indústria farmacêutica é um main event onde se encontram colegas, afinam-se parcerias, e se reflete sobre novas soluções e caminhos para o negócio farmacêutico. O programa está disponível no site do evento, mas pode clicar aqui e garantir a sua presença na iniciativa que resulta de uma parceria da Pharmaplanet com a Marketing Farmacêutico.

Um dos momentos do dia será o Marketing Genius Festival, que tem como curadora Vera Paulino, Managing Partner da YouthTribe, licenciada em Publicidade e Marketing e com um percurso de três décadas nas áreas de media e comunicação, juntamente com 15 anos na gestão executiva. Foi há cerca de dois anos que deixou essa vertente, passando a interessar-se nas gerações mais jovens, em como as marcas podem comunicar com elas e ainda questões como o metaverso.

Tudo começou, como explicou ao Netfarma e à Marketing Farmacêutico (onde terá o artigo em versão mais extensa na próxima edição), ao “ser desafiada por amigos a entrar num projeto que envolvia publicidade nas universidades”. “Olhei para o que estava em causa e percebi que havia uma lacuna que não estava a ser trabalhada”, frisou. Estando já imersa nesta área, ou não fossemos ainda abordar o tema metaverso, refere que “estamos a falar de comunicar com gerações mais novas, mas sempre a falar de uma comunicação muito social, muito focada no YouTube ou Tik Tok, por exemplo. Mas a comunicação é muito mais holística. E isto funciona para todas as gerações”.

“O Rethinking Pharma é uma marca de reconhecido valor e sucesso”

No entanto, aponta estas novas gerações como alguém para o qual “tudo o que tiver mundo virtual já não é uma novidade”.

Com a conversa a chegar ao metaverso,, um tema que a fez sorrir, a vencedora do Cannes Media Lion 2003 ,na área da criação de conteúdos, disse sentir que este conceito, cada vez mais premente na vida profissional e pessoal de todos, é uma “buzzword”.

Vera Paulino

“O metaverso não é mais do que uma junção do mundo virtual com o físico, que é aquilo que se procura numa experiência virtual: uma semelhança cada vez mais próxima com o real”, explicou, destacando que o nível de imersão na experiência é bastante importante. E continuou: “O metaverso é fazermos esta comunhão entre duas a realidades, a virtual e a física. E foi neste contexto que comecei a estudar mais o assunto, a perceber enquanto participava em mais projetos e a criar”. E é aqui que entra a YouthTribe, como consultora que quer preparar as organizações, não são para a transformação e adaptação e digitalização, mas com foco nas gerações mais jovens (millenials, Z, alfa).

Usando a indústria farmacêutica como exemplo, enumerou aquilo que são “princípios básicos da comunicação que tem de ser relevante para o público-alvo”. “A primeira coisa é perceber o que querem estes jovens e quais são as áreas de interesse. Depois, seja nos meios tradicionais ou nos novos média, a informação tem de ser de importância para o público. Porque se não existir essa relevância, acontece um scroll em posts ou stories que pode demorar meio segundo”, garantiu.

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Sem relevar muito, porque há bastante já guardado para o Rethinking Pharma 2024, Vera Paulino disse que “a indústria farmacêutica pode comunicar com estes jovens encontrando aquilo que é a unicidade e a relevância do seu produto para estes. A indústria farmacêutica tem vários targets. Não estamos a falar de consumidores finais só, como também de médicos, enfermeiros e farmacêuticos.”

Assim, o que podemos então esperar da sua dinâmica no Rethinking Pharma 2024? “Espero desafiar a plateia a parar para pensar, porque isto não é ficção científica. É uma realidade e devemos refletir, sem nos assustarmos ou deslumbrarmos, cada um à sua maneira. As empresas devem encontrar dentro de si este espaço e desenvolver uma estratégia. A indústria farmacêutica tem de entrar no mundo tecnológico ao nível da comunicação, porque já o faz com a investigação”, finalizou.

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