VIH: Consultas para acesso à profilaxia pré-exposição já começaram em alguns hospitais
20 de abril de 2018 Já arrancaram as consultas para o acesso à profilaxia pré-exposição (PrEP) da infeção por VIH. Isabel Aldir, directora do Programa Nacional para a Infecção VIH/sida e Tuberculose e Luís Mendão, presidente do Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT) revelaram ao “Público” que as mesmas estão a decorrer para já no Hospital Egas Moniz e o Curry Cabral — em Lisboa — e o São João e o Santo António — no Porto. No Programa de Acesso Precoce (PAP) ao medicamento que contém emtricitabina e tenofovir, onde se pormenorizam as regras de acesso, o INFARMED e a Direcção-Geral da Saúde (DGS) detalham que «durante a primeira consulta são avaliados os critérios de inclusão dos utentes candidatos a PrEP, de acordo com a norma de orientação clínica da DGS, devendo ser confirmados os critérios básicos de elegibilidade». Só depois é que o médico faz o pedido de acesso ao medicamento. Completado esse processo, o INFARMED tem 72 horas para comunicar a sua decisão. Luís Mendão nota que é um avanço positivo, mas sublinha que, ao ser disponibilizado nos hospitais, «as pessoas são tratadas como se estivessem doentes», quando de facto só querem fazer uma profilaxia para se manterem saudáveis. Uma das questões que o GAT defende é a disponibilização desta medicação em centros na comunidade, de modo a facilitar o acesso. Isabel Aldir diz que prevê que, «até ao final do Verão», o acesso precoce passe a ser regular e todos o que necessitem do medicamento possam tomá-lo, avançou o “Público”. |