VIH e artrite fazem hospitais gastar mais 10,6% em medicamentos 663

25 de Agosto de 2016

O INFARMED anunciou que os hospitais gastaram 554,5 milhões de euros, em medicamentos, no primeiro semestre do ano, mais 10,6% do que no período homólogo de 2015.

Este crescimento foi motivado pelo aumento dos gastos com tratamentos para o VIH e para a artrite reumatoide.

«O aumento de despesa pode ser explicado com o número de doentes em tratamento, mas não explica o aumento do custo médio mensal do tratamento por doente. Os medicamentos para o VIH deviam estar a baixar de preço, não a subir. O aumento de doentes terá de ser objeto de uma renegociação forte com a Indústria, quer de originais quer de genéricos, para mantendo ou melhorando a qualidade dos tratamentos seja possível atingir os objetivos de em 2020 termos cerca de 45 mil doentes em tratamento em vez dos atuais 30 mil», apontou Luís Mendão, presidente do Gat – Grupo de Ativistas em Tratamentos, que admitiu ao “DN”, que a despesa este ano só com estes tratamentos pode chegar aos 275 milhões.

De fora da despesa do primeiro semestre estão os gastos com a hepatite C – com 8.248 tratamentos iniciados e 3.340 doentes curados -, cujo acordo está a ser renegociado.