VIH: Injetável mais eficaz na prevenção do que medicamento de toma diária 522

Um estudo de fase avançada demonstrou que o medicamento injetável, lenacapavir, da Gilead, é mais eficaz na prevenção da infeção por VIH em mulheres do que o fármaco (comprimido) de toma diária Truvada, também da companhia farmacêutica.

De acordo com referido pela Gilead, citado pela Reuters, não se registaram quaisquer casos de infeção por VIH entre as mulheres que receberam lenacapavir. Tendo sido bem tolerado e sem levantar preocupações novas de segurança ou significativas.

No estudo, que contou com mais de 5300 mulheres cisgénero (pessoas que se identificam com o sexo que lhes foi atribuído à nascença) e raparigas adolescentes com idades compreendidas entre os 16 e os 25 anos, as participantes receberam lenacapavir, Truvada ou ainda Descovy, um medicamento de toma diária para reduzir o risco de infeção por VIH adquirida sexualmente em homens e mulheres trans que fazem sexo com homens.

O Truvada, que combina tenofovir e emtricitabina, é utilizado para tratar o VIH e também num regime de prevenção conhecido como profilaxia pré-exposição (PrEP), que segundo o CDC, também citado pela Reuters, pode reduzir o risco de se contrair o VIH através de relações sexuais em cerca de 99%.

Já o lenacapavir é administrado duas vezes por ano, tendo sido aprovado nos Estados Unidos da América (EUA), em 2022, como uma opção para o tratamento de longa duração de pacientes infetados com o VIH e que ganharam resistência a vários medicamentos.

A Gilead anunciou ainda que espera resultados de outro ensaio em fase avançada, para o final do ano ou início de 2025, que testa o lenacapavir em regime de PrEP em homens que fazem sexo com homens, homens transgénero, mulheres transgénero e indivíduos não binários que têm relações sexuais com parceiros designados como homens.