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VIH: Três novos medicamentos aguardam comparticipação do Estado

 

 

27 de julho de 2017

Existem três medicamentos inovadores indicados no tratamento da infeção pelo VIH/sida a aguardar a decisão de comparticipação por parte do Estado. Todos eles têm na sua composição a substância tenofovir alafenamide (TAF), podendo assim substituir a tenofovir disoporxil fumarate (TDF), que apresenta efeitos adversos relevantes, particularmente a nível renal e ósseo.

Caso o Ministério da Saúde decida pela comparticipação destes três novos medicamentos, de acordo com o “Jornal Económico”, o Estado pode reduzir em cerca de 10% a fatura global do Serviço Nacional de Saúde com antirretrovirais, poupando cerca de 24 milhões de euros.

O pedido de comparticipação foi feito pela Gilead, a empresa detentora da autorização de introdução no mercado, há mais de um ano. Em declarações ao “Jornal Económico”, o diretor-geral da empresa, Vítor Papão, garante ter feito «todos os esforços para poder dar acesso a estes medicamentos inovadores e proporcionar os seus benefícios aos doentes com VIH no nosso país, tal como já acontece de forma generalizada pela Europa» e acreditar estarem «reunidas todas as condições para concluir este processo brevemente».

Quando questionado pelo jornal que avançou a notícia, o INFARMED, presidido pela pediatra Maria do Céu Machado, justificou a demora do processo de aprovação alegando que “na avaliação farmacoterapêutica ficou provado que o valor terapêutico dos medicamentos referidos é equivalente às alternativas existentes no mercado e que inclusive já têm medicamentos genéricos autorizados”, informação que já foi contestada pelos especialistas.