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ViiV Healthcare: Novo medicamento para o VIH disponível em Portugal

26 de Fevereiro de 2015

A ViiV Healthcare Portugal anunciou, em comunicado, que o INFARMED deferiu o processo de avaliação prévia do medicamento Tivicay (dolutegravir), um inibidor da integrase, de toma única diária, indicado em combinação com outros medicamentos antirretrovirais, para o tratamento de adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade infetados com o VIH.
 
O programa de desenvolvimento clínico de Tivicay revelou-se bastante abrangente, incluindo diferentes populações de doentes com infeção pelo VIH: sem tratamento antirretroviral prévio (naïve), doentes previamente tratados com outros fármacos indicados para o VIH (experimentados) e ainda doentes com infeção por vírus com resistência a outros inibidores da integrase.

A submissão que originou esta aprovação incluiu dados de cinco estudos de fase III, nos quais 3.037 adultos foram tratados com regimes que incluíam Tivicay (dolutegravir) ou um fármaco comparador.
 
O medicamento dolutegravir inibe uma enzima, conhecida por integrase, usada pelo vírus VIH durante o seu ciclo de replicação. Ao ligar-se ao local onde atua a integrase, dolutegravir bloqueia o passo “transferência de cadeia” do processo de replicação do VIH, impedindo o ADN viral de formar um novo vírus. A dose recomendada de dolutegravir para a maioria dos doentes é de 1 comprimido de 50 mg, uma vez ao dia.6
 
O perfil de segurança é baseado nos dados agrupados dos estudos clínicos de fase IIb e fase III em 1.222 doentes não sujeitos a tratamento prévio, 357 doentes sujeitos a tratamento prévio não expostos a inibidores da integrase e 264 doentes com falência ao tratamento prévio que incluía um inibidor da integrase (incluindo resistência à classe das integrases).
 
A eficácia do regime que continha dolutegravir foi estatisticamente superior à do seu comparador, em dois estudos de fase III e não inferior num outro estudo. Em ensaios clínicos, as taxas de descontinuação devidas à ocorrência de acontecimentos adversos, observadas com dolutegravir, foram baixas (1-3%), tanto em doentes não sujeitos a tratamento prévio (naïve) como em doentes com experiência de tratamento.