Vitamina D sem efeito protetor significativo em doenças cardíacas, cancro e fraturas 27-Jan-2014 A toma de vitamina D não tem qualquer efeito protetor significativo contra as doenças cardiovasculares, o cancro e as fraturas ósseas, segundo um estudo publicado numa revista médica britânica. Investigadores da Nova Zelândia consultaram 40 estudos para tentar estabelecer a importância da vitamina D na prevenção de várias doenças. Para verificar a importância da vitamina D os investigadores estabeleceram que esta teria de diminuir os riscos das doenças em 15%. Os resultados do estudo, publicados na revista “Lancet & Diabetes Endocrinology”, revelam que o suplemento de vitamina D resultou numa diminuição do risco de doenças cardiovasculares, cancro e fraturas inferior ao limite estabelecido de 15%. Apenas as pessoas idosas que vivem em instituições têm beneficiado da vitamina D em combinação com o cálcio, observando-se uma redução no risco de fraturas superiores a 15%. «Tendo em conta estes resultados, é pouco justificável a prescrição da vitamina D para prevenir enfartes, acidentes vasculares cerebrais (AVC), cancro ou fraturas», sublinham os autores do estudo, adiantando que metade dos adultos americanos toma vitamina D, apontou a “Lusa”. A vitamina D desempenha um papel importante na mineralização óssea, estimulando a absorção intestinal de cálcio e a sua fixação no osso. Esta vitamina é produzida principalmente pelo corpo sob a ação dos raios ultravioleta (UV) na pele, mas também pode ser fornecida através de medicamentos. Vários estudos, muitas vezes contraditórios, têm sido realizados nos últimos anos sobre a importância da vitamina D, que é suposto ter um efeito protetor sobre a saúde e a mortalidade. Em março de 2013, investigadores britânicos demonstraram que a ingestão de vitamina D em mulheres grávidas não teve impacto na saúde dos ossos dos seus filhos. Mas em novembro de 2012, outros investigadores estabeleceram uma ligação entre a carência de vitamina D observada nas mulheres que vivem em áreas geográficas menos ensolaradas e um risco aumentado de esclerose múltipla nas crianças. |