Vítor Almeida, médico anestesista, foi nomeado para ficar durante 60 dias em regime de substituição na presidência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), anunciou, ontem, o Ministério da Saúde.
“Vítor Almeida é nomeado em substituição do anterior presidente, Luís Meira, que apresentou esta semana a sua demissão à Ministra da Saúde, promovendo-se de imediato à abertura de concurso” junto da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), lê-se num comunicado do Ministério, referido pela Lusa.
O ministério refere ainda que, “sem prejuízo desse concurso”, Vítor Almeida “já foi avaliado positivamente e pré-selecionado pela CReSAP para o mesmo cargo, em concursos anteriores”.
O responsável fica a substituir Luís Meira, que na segunda-feira apresentou a demissão à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na sequência da polémica com a renovação do contrato para os helicópteros de assistência médica.
O Ministério da Saúde criticou, no domingo, o INEM por ter deixado terminar o prazo para o lançamento do concurso público internacional, obrigando a novo ajuste direto.
Diz ainda que o Governo questionou por várias vezes o Conselho Diretivo do INEM sobre o serviço de transporte de emergência em helicópteros, por saber que o ajuste direto em vigor terminava a 30 de junho, mas o instituto “nunca apresentou uma solução” ao abrigo da Resolução do Conselho de Ministros (RCM) de outubro de 2023, que autoriza a despesa relativa ao lançamento de um novo concurso público para o período 2024-2028.
No mesmo dia, o INEM, em comunicado, também citado pela Lusa, garantiu “assegurar a continuidade do serviço de helicópteros de emergência médica através de um novo contrato estabelecido com o atual operador, dentro do valor autorizado pelo anterior Governo em outubro de 2023”, e com um dispositivo composto por quatro aeronaves, duas médias a operar 24 horas e duas ligeiras a operar 12 horas, “conforme serviço que vem sendo prestado desde o dia 01 de janeiro de 2024”.
No início do mês, o Ministério da Saúde anunciou a realização de uma auditoria administrativa e financeira ao INEM e, na última audição no parlamento, a ministra explicou que pretende “perceber exatamente” vários processos, nomeadamente a contratação de helicópteros e ambulâncias e ajustes diretos no instituto.