O CAI – Movimento para a Valorização da Profissão Farmacêutica organizou ontem à noite o seu 1º Webinar. “Farmacêutico Comunitário como Agente de Saúde Pública – Onde estamos e para onde queremos ir” foi o mote de lançamento deste encontro, que contou com as presenças de José Aranda da Silva, Aida Baptista, Anabela Mascarenhas e Ana Rita Pinto.
O evento online, moderado por João Fernandes, membro fundador do CAI, contou com o apoio institucional da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas (SRSRA) da Ordem dos Farmacêuticos (OF) e foi assistido por mais de 250 farmacêuticos e estudantes de Ciências Farmacêuticas em simultâneo.
Aranda da Silva, ex-diretor do Laboratório Militar, 1º presidente do Infarmed e bastonário entre 2001 e 2007, fez uma retrospetiva da intervenção dos farmacêuticos na política, bem como da evolução profissional e do mercado de medicamentos, tendo defendido, entre outros, a alteração do sistema de remuneração (pagamento de serviços e taxa administrativa fixa), a desmaterialização do ato farmacêutico, insistindo que «o farmacêutico terá que ser o garante da segurança e eficiência dos medicamentos no Sistema de Saúde».
A diretora técnica e presidente da Secção Regional Centro Anabela Mascarenhas falou da sua experiência profissional e de um dos projetos em que esteve envolvida, o US Farmácia, para salientar a importância da comunicação entre os vários profissionais de saúde e os evidentes benefícios para todos os intervenientes.
Aida Baptista, vice-presidente da Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares, salientou, no que que concerne ao papel do farmacêutico comunitário perante aos doentes que saem do internamento hospitalar, que este profissional tem possibilidade de fazer uma série de tarefas, nomeadamente a adesão terapêutica, serviços de educação da medicação, acompanhamento domiciliário, consultas farmacêuticas, etc, defendendo, por exemplo, uma contratualização semelhantes aos serviços dos hospitais para as farmácias comunitárias.
Por fim, Ana Rita Pinto, diretora técnica de uma farmácia na Noruega e membro fundador do CAI, frisou a importância da formação contínua e da validação farmacêutica para os farmacêuticos serem considerados agentes de saúde pública.