Webinar “SARS-CoV-2: Terapêuticas e vacinas” 1235

A LisbonPH, em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, organizou, ontem, o Webinar “Infeção por SARS-CoV-2 – Desenvolvimento de terapêuticas e vacinas” com o intuito de formar e atualizar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre este tema. O evento contou com a participação de representantes de vários laboratórios farmacêuticos.

Eduardo de Gomensoro, Vaccines Medical Affairs Director Portugal/Espanha/Israel da GSK, destacou, ao nível de soluções contra a covid-19, a colaboração do laboratório com a Vir Biotecnologia para identificar novos anticorpos antivirais que possam representar potenciais opções terapêuticas ou preventivas para combater este e futuros surtos. O primeiro ensaio clínico, ainda de acordo com o responsável, teve início em agosto de 2020 e os resultados iniciais são esperados antes do final do ano.

Já Manuel Salavessa, diretor médico da Jassen, referiu que a vacina desenvolvida pelo laboratório entrou a 23 de setembro em ensaios de fase 3, para avaliação da sua eficácia e segurança na prevenção do SARS-CoV-2. O objetivo da empresa é providenciar mais de um bilião de doses de vacinas, ao nível mundial, durante o ano de 2021.

Por seu turno, Hugo Gomes da Silva, diretor médico e regulamentar da AstraZeneca Portugal, salientou que a vacina que a empresa está a desenvolver demonstrou, em termos de segurança e tolerabilidade, «o expectável, ou seja, os efeitos adversos associados à plataforma adenoviral, como síndromes de cefaleias, fadiga, mialgias e ligeira febrícula». A vacina tem estado (e vai estar) em estudos clínicos em vários países, nomeadamente África do Sul, Estados Unidos e Brasil.

Por fim, Cláudia Delgado, da direção médica da Gilead Sciences Portugal, afirmou que o Remdesivir «é o primeiro e único tratamento antiviral com um perfil de segurança e tolerabilidade estabelecido e eficácia provada em pacientes com Covid-19». O objetivo da empresa é, segundo a responsável, trabalhar com «as autoridades de saúde, ao nível global, para assegurar um acesso rápido e geral ao medicamento».