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Zika: Infeções podem aumentar de forma significativa na Europa

26 de Abril de 2016

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou que o número de casos de infeção com o vírus Zika pode aumentar de forma significativa na Europa.

«A possibilidade de uma transmissão local», com a chegada da época dos mosquitos à Europa, «combinada com prováveis transmissões por via sexual, poder-se-á traduzir num aumento significativo do número de pessoas infetadas pelo Zika e de complicações» médicas ligadas ao vírus, afirmou a assistente da diretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny, numa conferência científica em Paris.

Segundo a responsável, duas espécies de mosquito Aedes, «conhecidas por transmitir o vírus» Zika, «vão começar a circular» na Europa, à medida que «as temperaturas começarem a subir».

Marie-Paule Kieny frisou que «o mosquito não conhece fronteiras».

Mais de 600 peritos e investigadores reúnem-se até terça-feira, no Instituto Pasteur, para um colóquio científico internacional sobre o Zika, vírus que causa nos fetos microcefalia, um subdesenvolvimento do crânio e do cérebro.

O Zika propagou-se, desde o fim de 2014, no Brasil, onde foram identificados 1,5 milhões de infeções, na Colômbia e nas Caraíbas, via mosquitos Aedes aegypti. Três a quatro milhões de casos são esperados no continente americano.

Em sete países europeus, incluindo Portugal, foram reportados vários casos de infeção.

A OMS já declarou a epidemia como «emergência de saúde pública internacional».

Os cientistas procuram saber quanto tempo o vírus pode permanecer no corpo humano e o grau de risco de transmissão por via sexual.