Zika: Portugal com seis casos, todos importados, autoridades apelam à calma 08 de Fevereiro de 2016 Portugal registou até ao momento seis casos de infeção por vírus Zika, todos eles importados, com as autoridades de saúde a apelarem à tranquilidade, mas já desaconselharam viagens de grávidas para zonas de risco. Dos seis casos notificados em Portugal, cinco deles foram importados do Brasil e o sexto da Colômbia, países onde o vírus se tem propagado, levando a que as viagens para estas zonas constituam a principal forma de contrair uma eventual infeção – que ocorre por picada de mosquitos infetados. Aliás, a Direção-geral de Saúde (DGS) já desaconselhou as mulheres em idade fértil que querem engravidar ou as grávidas a viajarem para os países onde o vírus Zika tem expressão epidémica. «Foi emitida recomendação para as portuguesas em idade fértil, que queiram engravidar, e em particular as grávidas. Nós aconselhamos que não se desloquem neste momento a um país onde o problema Zika tem esta expressão epidémica», disse o diretor-geral da Saúde numa conferência de imprensa no final do mês passado. Segundo a DGS, o risco só existe em áreas onde a propagação se está a verificar de «uma forma crescente e, tudo indica, de forma descontrolada», referindo-se a países da América do Sul, Caraíbas e África. Também o ministro da Saúde veio garantir que os portugueses podem estar tranquilos com o vírus Zika, uma vez que a situação está controlada e o risco é confinado. «Está a fazer-se o acompanhamento dos casos que recebemos através de viajantes mas não há nenhuma preocupação a assinalar. Os portugueses podem estar tranquilos», declarou já o ministro Adalberto Campos Fernandes. Quanto à situação dos dadores de sangue em Portugal, as autoridades garantem que os dadores estão a ser devidamente rastreados para que as dádivas sejam seguras. Com o risco de novas infeções pelo vírus Zika em vários países, a Organização Mundial de Saúde reconheceu ser adequado restringir as doações de sangue de viajantes oriundos de países de risco, de modo a evitar uma eventual propagação do vírus. Em Portugal, o Instituto do Sangue e da Transplantação garantiu que estão a ser tomadas todas as medidas de precaução necessárias para que as dádivas de sangue sejam seguras, tendo sido realizado um alerta de prevenção em janeiro. O alerta foi emitido devido à «agressividade imensa da epidemia pelo vírus Zika» e para que todos os profissionais de saúde que fazem a recolha de sangue em Portugal estejam cientes das normas que devem seguir. |